quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Remake de cenas tristes...

Se o comum dos mortais percebesse como se "cozinham" os investimentos deste país, os políticos, que estão profundamente descredibilizados, seriam vistos como tontinhos e não como aldrabões. Os danos para a causa pública são pouco escrutinados em Portugal e na maior parte do mundo capitalista, os interesses do Estado não são salvaguardados, como se o dinheiro público português não fosse de todos os seus contribuintes. Os patos bravos dos grandes investimentos aproveitam-se, na maioria das vezes, das incompetências de alguns titulares de cargos públicos, ou do desconhecimento que têm de algumas áreas, ou ainda das supostas "amizades" que garantem acesso a determinados centros de poder. 
Na verdade, se o comum dos mortais tivesse algo a dizer sobre a selvajaria de mercado que impera em muitas áreas, as negociatas eram referendadas sempre e os políticos pagavam as faturas dos maus negócios que fazem, e cujas consequências ficam sempre para as gerações futuras. Em muitas partes do mundo (infelizmente em crescimento), não há escrutínio público sequer, em locais onde os políticos reinam, não governam... 

A euforia da informação ao segundo também não ajuda em nada, os órgãos de comunicação social perderam sentido crítico (muitos estão vendidos aos mesmos patos bravos que se sentem acima da lei), e perderam a noção essencial do interesse público. Parece que é mais importante ocupar espaço de antena com euforias, do que avaliar e ter coerência informativa. Não nos interessa grande coisa ver um titular de um cargo público de pijama a passear o cão, já uma ideia do que se passa em determinadas comissões de inquérito na Assembleia da República seria útil para escolher o próximo elenco do Parlamento. 

É neste registo que crescem os #GajosQueUrram, cuja inteligência deixa a desejar, e que têm a ambição clara, se algum dia chegarem ao poder, de encher o país com patos bravos que lhes pagam uns trocos extra.

Posto isto, expliquem lá, senhor primeiro-ministro, senhor presidente da República e senhores magistrados quem é que paga a fatura das intermitências de governação que vamos suportar por mais 6 meses? Já agora, estas negociatas, cuja ponta do véu levantaram, quem paga? E, finalmente, quem esclarece o povo português, que de patos bravos está de saco cheio, sobre o real motivo pelo qual este governo caiu?

Assim sendo, é ficar a assistir, que isto lá para 2038 é capaz de se saber...


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