segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Bode (coitados dos bodes) que urra...

Passado o Natal, o Ano Novo e a quantidade generosa de açúcar que a quadra merece, vamos lá voltar à rotina.

Ah, não, espera aí, não é tanto assim porque entretanto morreu Sua Excelência o Sr. Fado Carlos do Carmo (homenagem seja feita a alguém que tanto contribuiu para divulgar a língua e a cultura portuguesa), e parece que vai acontecer uma eleição de um Presidente, que todas as pessoas do país e arredores sabem como acabará, mas não fazem puto de ideia de quantos urros terão que ouvir do outro #ComoÉQueSeChamaMesmoOGajoQueUrraMuitoComBarulhoQueIncomodaOQueQueremosOuvirDosReaisCandidatosAoCargo...

Posto isto a única proposta que temos, para aguentar horas dos debates de frente a frente, costas com costas, lado a lado e finalmente em orgia, dos 3500 candidatos ao cargo de Presidente, e ainda o triplo das horas dos comentários dos comentadores e políticos à procura dos seus 15 minutos de publicidade grátis, é escolher uns auscultadores espetaculares, daqueles que sintonizam rádio e tudo. Quando o gajo começar a urrar sintonizam a Smooth FM para baixar automaticamente o volume, ou fazem a pausa higiénica para espreitar os novelescos do outro canal, ou a série da Gronelândia sobre o casal que lambia neve, último grito da RTP2.

Com sorte, como a estratégia é a mesma que a do Gajo do Cabelinho Esquisito do outro lado do Atlântico, vai fazer birra até ao verão e depois mete a viola no saco e vai à sua vida. 

Mas primeiro não esquecer:

1. O gajo dos Urros é contra o sistema mas ama o Pedrito Coelho;

2. O gajo disse que se demitia se a Candidata Ana Gomes tivesse mais votos, cá estaremos para o assinalar devidamente na noite eleitoral de 24 de janeiro;

3. Os comentadores e políticos que acharam normal que o Rui Rio se coligasse com o gajo dos urros, que se expliquem depois da gritaria, para percebermos todos onde é que está a vantagem política de ter um bode que urra no parlamento e uns capangas seus amigos no governo regional dos Açores.

Posto isto, que o ano de 2021 seja tudo o que cada um deseja, mesmo o gajo dos urros (porque o que ele deseja motivará a sua queda certa, ou não fosse este meio tão "transparente" e previsível na política portuguesa).

Um abraço felino,

Zorbas,

O gato grande, preto e gordo.

O gato com frio...

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