segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sobre encontros imediatos...

É interessante ver como a geração de "velhotes" da Antropologia, que se situa nos 50-60 anos de idade (e não nos oitenta, como seria desejável), está tão implicada na manutenção do lugar consquistado e se esquece que há uma nova massa crítica pujante a trabalhar e a pensar, sobretudo a pensar. A honestidade intelectual de algumas pessoas continua a comover-me, acho mesmo extraordinário que se mantenha num ambiente académico tão hostil, mas esses são os casos raros, as excepções...
O paternalismo com que se tratam pessoas que têm feito o seu percurso académico, que começaram a pensar por si há, pelo menos, dez anos, é por si só irritante!
Mas é bom ter encontros imediatos de terceiro grau nos colóquios, congressos e outros eventos, para perceber que o discurso feito há dez anos pelos mesmos "velhotes" tem apenas imagens novas, as palavras permacem as mesmas, e infelizmente, por uma razão de cultura académica, temos ouvir de novo em conjunto com os comentários sobre eloquência e capacidade de alguns para falar em público.
Se olharmos de fora e desmontarmos o discurso académico que sustenta estas teorias e que ouvimos dez anos seguidos, temos pouco mais que ideias de várias cabeças pensantes reunidas pela boa caneta de alguém, com muito mérito nessa capacidade de escrita.
E mais não digo.

Um abraço felino,

Zorbas, o gato atento...

Ah! É verdade, o propósito deste comentário... Parabéns amiga antropóloga, estiveste melhor que muitos "velhotes" que ouvi!

Sem comentários: