sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Afinal os tempos sempre são o que eram...

Nunca a expressão "Aqui há de tudo, como na farmácia" teve tanto sentido como agora!
As farmácias portuguesas são, agora, como antes, uma tábua de salvação para muitas maleitas e também para tantas outras coisas do nosso dia a dia. Então vejamos:
Entramos numa farmácia, que agora, consoante a época do ano, tem uma montra com protectores solares ou com cremes anti-celulite, dispostos em cubos e escadinhas apelativos à pessoa que passa na rua. Portanto, entramos e logo à porta temos um expositor de sapatos ortopédicos, cada vez mais parecidos com sapatinhos normais, e meias de descanso, enfiadas em bonecos de tamanho humano, parecidos com os das lojas de lingerie.
Pelos corredores das farmácias abundam expositores com formas mais ou menos engraçadas a vender coisas para queda do cabelo, gripes e constipações, emagrecimento, vitaminas para a dor da unha do pé, comprimidos para o brilho das unhas, etc, etc, etc...
Chegamos ao balcão e temos potes com batons de todas as qualidades e feitios.
Finalmente, temos uma montra considerável de produtos para bebés, cosméticos e produtos para o cabelo, e numa farmácia em particular, até temos piano e concertos.
A juntar a tudo isto temos ainda um cartão de pontos, que varia entre os cartões das gasolineiras que dão brindes, e os cartões dos supermercados que dão descontos.
O pobredo farmacêutico, que deve ter objectivos mensais de produtos para vender, bem tenta impinjir-nos coisas que afinal não precisamos, mas o que tem que fazer cada vez menos, é mesmo vender medicamentos, que com sorte, quando precisamos não existem em stock na farmácia.
Bem vistas as coisas, podemos resolver muitas das nossas compras na farmácia, onde há de tudo, de facto!
Um abraço felino,
Zorbas

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