quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ainda a propósito do "Porque não te calas"!

OUTRA VEZ, mas mais alto:

O Hugo Chavez, que a esquerda partidária portuguesa defende acerrimamente (sim, porque há uma esquerda não partidária, que se interessa por valores de esquerda sem colaborar na atitude autista dos partidos disponíveis), pode ter sido eleito democraticamente, pode ser aceite por uma população pobre na Venezuela, pode ser um presidente excepcional aos olhos de outros, mas a meu ver, e desculpem pessoalizar isto um bocadinho, já passou das marcas da democracia desde que inventou a sua figura de "Político Todo Poderoso que vem salvar o mundo". Faz-me lembrar alguém que se auto-denominou o "Salvador da sua Pátria", e agora vamos ter que esperar que morra para que o país possa saber o que são eleições outra vez. Com Hugo Chavez, pelo menos, temos a certeza que o povo vai aceitar que ele seja vitalício, com outros, enfim, auto-proclamaram-se. Na génese do problema, qual é a diferença entre referendos e golpes de auto-proclamação?
O segredo da democracia (e felizmente vivemos numa malfadada democracia europeia, que nos permite conhecer o resto do mundo, e que, apesar de tudo, nos permite viver bem) é mesmo a alternância de poder, ou então perdemos o essencial: a mudança.
Aos que não concordam, experimentem viver na Venezuela...

Um abraço felino,

Zorbas

2 comentários:

André disse...

Sem querer defender o Chavéz, personagem que me suscita muitas dúvidas, deixo aqui uma opinião um pouco diferente da tua... :)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou ontem (14) a democracia da Venezuela, reiterou a importância do país tornar-se membro pleno do Mercosul e defendeu o presidente Hugo Chávez no polêmico episódio com o rei Juan Carlos da Espanha. “Podem criticar o Chávez por qualquer outra coisa. Inventem uma coisa para criticar o Chávez. Agora por falta de democracia na Venezuela não é.", disse Lula.
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=28334

Rita disse...

sem querer defender o Chavez, contributo II, só para lembrar que nós aqui só temos acesso a uma parte da informação. há documentários só a mostrar como os media só transmitem um lado da moeda. a coisa torna-se mais complicada quando também há censura do lado pouco divulgado, daí a minha relutância em comentar. e como acho que o aznar é fascista...