quinta-feira, 30 de novembro de 2006

A vida era tão simples com:

Bic laranja, bic cristal
duas bics à sua escolha
Bic laranja de escrita fina
Bic cristal de escrita normal
Bic, Bic, Bic Bic Bic.


Para quê complicar?
Não podiamos ficar para sempre com este dilema de infância e estariamos para sempre com o saldo positivo para os dilemas crueis da vida?
Realmente a vida complica-se sem explicação aparente, mas este crescer à força de crueldades é demasiado desumano.

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Vale a pena olhar para trás...

Isto é que é acreditar!...

Força, estamos contigo e com o resto da banda.
PS: Vilar de Mouros, 1982 (incrível!)

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Depois de muito reflectir conclui que:

A chuva dos últimos dias é causada por alguém, que nós muito bem conhecemos, e que chegou a um sítio que nos é, por enquanto, inacessível. Como os seus amigos ainda não chegaram, ele resolveu presentear-nos com chuva, mas como tem muitos amigos, a chuva é torrencial.
Bom, chega para todos, é um facto, mas se calhar aqueles que não são "os amigos" não percebem o porquê da cheia épica. Ora, cá estamos nós, "os amigos", para perceber o desejo secreto de alguém que gostaria de estar fisicamente presente, mas como teve um compromisso noutro sítio, manda-nos água para cima, e é muito bem vinda...
Beijos felinos

PS: mensagem altamente codificada para "os amigos"!

Continuem a mandar postais...


quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Guille no Zorbas com esta excelente "mensagem" não esotérica de Fernando Pessoa

A felicidade exige valentia.
"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Fernando Pessoa - 70º aniversário da sua morte

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Walk On

And love is not the easy thing
The only baggage you can bring...
And love is not the easy thing....
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind

And if the darkness is to keep us apart
And if the daylight feels like it's a long way off
And if your glass heart should crack
And for a second you turn back
Oh no, be strong
Walk on, walk on
What you got they can’t steal it
No they can’t even feel it
Walk on, walk on...
Stay safe tonight
You're packing a suitcase for a place none of us has been
A place that has to be believed to be seen
You could have flown away
A singing bird in an open cage
Who will only fly, only fly for freedom
Walk on, walk on
What you've got they can't deny it
Can’t sell it, can’t buy it
Walk on, walk on
Stay safe tonight
And I know it aches
And your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Home… hard to know what it is if you’ve never had one
Home… I can’t say where it is but I know I'm going home
That's where the hurt is
I know it aches
How your heart it breaks
And you can only take so much
Walk on, walk on
Leave it behind
You've got to leave it behind
All that you fashion
All that you make
All that you build
All that you break
All that you measure
All that you steal
All this you can leave behind
All that you reason
All that you sense
All that you speak
All you dress up
All that you scheme…

Lyric: Bono Vox
Music by U2

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

FODA-SE, CARALHO,
A VIDA NÃO É HUMANA...

Desculpem a má educação, mas há momentos na vida em que nos apetece ser assim.
Estou a tentar curar-me das asneiras e, quando penso que já foi, logo uma coisa qualquer me traz de volta à memória o vocabulário vernáculo com que gosto de me exprimir quando a vida corre mal.

terça-feira, 14 de novembro de 2006

O nosso aniversário adolescente

Ainda não me expressei sobre isto, valores mais altos se têm levantado, mas hoje, dia 14 de Novembro de 2006, o Teatro Tapa Furos celebra 16 anos. É uma convenção como outra coisa qualquer, mas foi a data que definimos como oficial.
A minha aventura começou aos 14 anos, quando encontrei uma rapariga dos escoteiros num intervalo entre as aulas e ela me puxou para a exposição do primeiro ano do grupo de teatro da escola.
A coisa que mais me impressionou, naquele dia e ainda hoje, foi o humor com que me receberam. Desde aí e posso dizer que até agora, conheci o amor da minha vida, adoptei alguns irmãos mais velhos, vivi intensamente estreias, discussões, dificuldades, caminhei ao lado dos meus melhores amigos numa longa estrada (que ainda agora começou), construí uma pequena e aconchegante casa de teatro (por vezes mal cheirosa), acumulei histórias inacreditáveis, dormi muito menos que devia por anos a fio, ganhei estaleca a trabalhar ideias, aprendi a ouvir os outros com respeito, conheci equipamentos de luz e som que desconhecia e aprendi a montar fichas eléctricas, reuni com gente das "instituições", lutei por algo em que acredito com toda a minha energia, aprendi a ser uma pessoa mais construtiva e menos ácida (ainda estamos a trabalhar este ponto), aprendi a trabalhar a sério e com rigor, percebi o que era o mundo das artes, enfim, tornei-me uma pessoa adulta.
Ontem, sim porque os meus catorze anos foram ontem, embarquei numa aventura daquelas que dura para a vida, e hoje tenho muito orgulho nessa aventura.
Para todos os estapafúrdios e amigos, de ontem, de hoje e de sempre:
Por incrível que pareça
Por incrível que pareça
Nao há nada
Não há nada
Que não nos aconteça
Oh sorte malvada
Que vida desgraçada
Ai, ai, ai, aii...
Ai, ai, ai, aiiiii...

PS: para isto não ser uma coisa muito lamechas, é com prazer que vos desejo MUITA MERDA!!!
PS 2: no nosso 16º aniversário acho que mereço comentários no blog, ou não acham?
PS 3: imprimam para o Rui Mário, ele vai gostar de ler.
Os amigos estão obviamente convidados para esta
história de princusas, castalos e...
(não vou dizer asneiras neste blog mais ou menos respeitável).
Dizem que vale mesmo a pena!
Não é ser tendenciosa, mas eu também acho.

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

O SENHOR...

Hoje vinha no metro de Lisboa e ouvi um homem a pedir "pela caridade do Senhor". Fiquei a pensar nisto, como em tantas outras coisas que me parecem sinais do além nos últimos dias.
Bom, primeiro a dúvida existencial, que não é minha, mas das pessoas que pensam mais nisto que eu, QUEM É O SENHOR? Qual Senhor?
Depois, com o meu pragmatismo felino, ocorreu-me que é um bocado pretencioso O SENHOR Omnipresente e Omnipotente deixar uma pobre alma pedir no Metro de Lisboa. Esse mesmo senhor permite coisas que deixam muito a desejar. Em última instância, permite que os homens destruam o mundo, e assiste a isto na bancada vip, com total inércia. Afinal, para que é que precisamos do Senhor? Ele é um bocador ditador, decide quando é que a vida de alguns corre bem ou mal, decide quando é que se nasce e morre, quando é que chove, quando é que a natureza reclama, quando é que a inspiração dos artistas surge para a arte, quando isto e quando aquilo, na verdade, para os seus seguidores, decide tudo. Para os não seguidores, aparece de vez em quando a dizer: eu estou aqui, quer queiras, quer não...
O problema é que me chamam de pecadora e blá, blá, blá, por causa deste Senhor. Mas quem é que sabe o que é que eu ando a fazer na vida, para além desse Senhor que, ao que parece, consegue ver tudo? E com que direito é que se dizem estas coisas?
Estou um bocado irritada, acho mesmo que é um bocado prepotente este Senhor. Estou a pensar nos homens prepotentes que viveram e acho que nem se compara, as coisas que ele já permitiu fazer e de nada serviram para vivermos mais felizes, por isso é que não compreendo para que serve termos assim um SENHOR. Ele é que é o "presidente da junta", daqueles que manda fazer e depois esconde-se e faz de conta que não culpa... Ele sabe onde é que está o maior problema do mundo, onde é que a natureza vai dar de si e onde é que se escondem terroristas malévolos desejosos de explodir um pedaço de terra. Bom, se os americanos sabem disso, vão acusá-lo de ter armas químicas e biológicas e vai ser um sarilho dos grandes.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Aos amigos do A GRANDE

Nestes últimos dias, eu como todos vocês, estamos a viver uma coisa um bocado surrealista. Eu, como vocês, não percebo bem o que aconteceu. Eu, como vocês, penso que ainda é cedo para tudo e mais alguma coisa. Eu, como vocês, amo a vida, é por isso que me custa tanto. Por isso, eu preciso de vos dizer que estão todos na minha esfera mais pequenina, que é aquela que eu guardo para as pessoas mesmo, mesmo, mesmo muito especiais.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Bruno

Não há, em sítio nenhum no planeta, conforto para a tua partida. Conheci-te com 10 anos e ainda hoje recordo a minha primeira imagem desse encontro. É demasiado duro viver sem o amigo mais optimista, com tanto humor e sem má língua. Onde é que estás agora? Precisamos de ti.