segunda-feira, 3 de julho de 2006

Bruno comenta Maxime, vale a pena ler... (obrigada pelo contributo)

Estive há coisa de um mês de visita ao Cabaret Maxime.

Espaço mítico da noite lisboeta, local frequentado em tempos de antanho por (senhoras de profissão duvidosa , mas paradoxalmente, ninguém duvidava de qual seria a profissão das mesmas...) gente boémia das entranhas de Lisboa (essa mole viva, cidade que (quase) nunca dorme, amada por uns, odiada por outros... amada e odiada ao mesmo tempo por uns poucos...)
Fui lá parar por ocasião de um concerto que os Rádio Macau deram em tão peculiar espaço... (não me vou adentrar em descrições ou discrições, apenas direi que o concerto foi soberbo e que a primeira parte serviu de apresentação de cerca de 9 canções que virão a integrar o próx album daquela q é uma das bandas charneira do pop/rock feito em terras de Sua Majestade (D. Duarte Pio de Bragança)).

O que é certo é que o candidato presidencial Manuel João Vieira está a gerir este espaço desde há poucos meses, e apresenta um púgrama imparável de FILMES E CONCERTOS pra quem gosta de sair em Lisboa e ver um concerto sempre às 23h00 (...leia-se "00h30"...), ou aquele filme do qual sempre (...leia-se "nunca") ouviram falar mas não tiveram oportunidade de ver.
Nas últimas semanas passaram por lá nomes tão sonantes como Rádio Macau, Delfins, Vítor Espadinha, Zé Cid (é verdade! E dizem q nesse dia esteve à pinha!), entre muitos outros...
Se escrevo estas linhas é porque penso que aquilo merece uma visita, senão vejam...(e passo a apontar 2 ou 3 razões) :

1ª Razão - O espaço - mantém-se com uma atmosfera anos60 (tal e qual aquilo que era, segundo o meu tio...)/ cabaret / kitsh / red light / (pseudo?)decadente/ meio abandalhado, para a qual contribuem a iluminação e a peculiar arquitectura da sala...
A decoração Kitsh com bonecos e capas de singles que foram sucessos (ou não...) noutros tempos, e cartazes como o que segue em anexo...

2ª Razão - A fauna - Para além da malta (+ ou -) jovem que frequenta o local (os chamados trintões...) que vão em busca do convívio e do concerto, encontramos espécimes de fauna em vias de extinção, tal como o empregado que já lá deve andar desde os (já referidos) anos60, com o seu colete e camisa branco (amarelado) sujo, passando por alguns dinossáurios que já lá devem andar desde o tempo em que ainda tinham vinte e tal anos (equivalente a 35 nos dias de hoje) e a camisa do outro ainda era branca! Andava lá um que só visto... parecia saido de um filme... E o gajo que andava a fotografar o concerto? Um cota pseudo hippie com rabo de cavalo à Frank Zappa, bigode à Júlio Pereira, e barbicha à Fu Manchu, que ainda por cima cantava as letras das músicas todas... mas sem saber nenhuma?

3ª Razão - Os concertos - São bons (pra quem gosta...), (pra quem gosta muito são mesmo muita bons... pra quem não gosta são uma merda...) esão relativamente baratos, pagam-se 10 aerios (se bem me lembro) e ainda se tem direito a 2 bebidas.

1 comentário:

Zorbas disse...

Afinal há vida para lá da decadência de Lello Minsk como músico?
Folgamos em saber e passaremos no Maxime um destes dias para confirmar.