Um abraço felino!
Zorbas, o gato grande, preto é gordo,
O gato que ama a democracia!
O Zorbas partilha com os amigos os problemas metafísicos que enfrenta na sua vida felina.
Foto de Rui Ochoa, 1974
Diria a poetisa Sophia um ano e meio depois, como deputada (imagine-se tempos em que poetas assumiam papéis políticos):
“Num país e num mundo onde há famílias sem casa e doentes sem tratamento e sem hospital a questão da liberdade de criação artística e intelectual pode parecer uma questão secundária. (…)
A cultura não existe para enfeitar a vida, mas sim para a transformar - para que o homem possa construir e construir-se em consciência, em verdade e liberdade e em justiça. E, se o homem é capaz de criar a revolução, é exatamente porque é capaz de criar cultura.”
(…)
“Queremos uma relação limpa e saudável entre a cultura e a política. Não queremos opressão cultural. Também não queremos dirigismo cultural. A política, sempre que quer dirigir a cultura, engana-se. Pois o dirigismo é uma forma de anticultura e toda a anticultura é reacionária. (…)
O lugar da cultura é a comunidade. Ultrapassar o uso burguês da cultura e pôr a cultura em comum é uma tarefa essencial do socialismo. Mas esta tarefa é uma tarefa de invenção. E inventar é uma tarefa da liberdade.
Por isso, toda a população tem direito à inviolabilidade e à livre expressão das formas de cultura que lhe são próprias. Nenhuma forma de cultura se pode atribuir o direito de destruir ou menorizar outras formas de cultura.”
(No site da Assembleia da República)
Que vontade que se cumpra este desígnio!
E que viagem esta!
50 anos. Bravo Portugal!
Viva a Liberdade!
Então não é que o chico esperto holandês, que também urrava coisas no país das tulipas, aliás, se bem nos lembramos, esse país tão cheio de problemas com o nosso vinho e com as nossas casas de alterne, afinal debandou do governo, ainda antes do próprio governo existir...
Um abraço felino,
Zorbas, o gato grande, preto e gordo.
O GATO DEMOCRÁTICO...
Outra vez, mas mais devagar...
1 108 764 portugueses acham que isto no tempo do Salazar é que era...
Luto por 1 108 764 portugueses.
1 108 764 portugueses que gostam de ser enganados por um bode que urra, agora com mais 48 capangas para fazer claque dos seus urros (como o gajo se evidenciou no comentário desportivo, precisa dos hooligans para repetir os urros).
1 108 764 portugueses que se afastarão das decisões públicas e que não terão legitimidade para as debater, porque querem fundar uma nova república (sabe-se lá o que pensam que significa a palavra República, e ainda mais o que pensam da palavra Democracia).
1 108 764 portugueses que não concordam com a atribuição de apoios aos mais necessitados (que até podem ser os próprios), preferem a caridadezinha ao apoio real e consistente, e ainda consideram os necessitados como subsidodependentes (já agora, como temos uma bazuca de dinheiro para gastar, também querem devolver o dinheiro europeu? O princípio é o mesmo).
1 108 764 portugueses, estes mesmos, que se afastarão do centro de emprego, porque não precisarão de subsídio quando a hecatombe da crise económica e social desabar em cima das nossas cabeças (sendo que alguns já vão com uns valentes meses de avanço nesta hecatombe).
1 108 764 portugueses que se afastarão das creches (as que resistem), das escolas e das universidades públicas, em particular das faculdades de medicina do país (que custam muito dinheiro ao erário público, e ainda bem!), porque acreditam no ensino privado e nos privilégios do ensino privado.
1 108 764 portugueses que se afastarão dos tribunais, porque a nova república que querem fundar terá um supremo líder, e este decidirá sobre todos os aspetos da vida deste país, e ainda porque o Estado não pode, nem deve, subsidiar a defesa de gente que não é de bem (mesmo que seja num litígio matrimonial).
1 108 764 portugueses que prescindirão de receber as vacinas que constam do plano nacional de vacinação, porque o Estado não tem que suportar essas despesas (boa sorte com o sarampo, tosse convulsa e tuberculose, pneumonia e respetivas hepatites).
1 108 764 portugueses que deixarão morrer a ciência em Portugal, porque esta é uma das áreas onde o privado não vê vantagens em investir (boa sorte com o ébola e com a malária, quando chegarmos ao ponto de ganhar com o aquecimento climático um novo mundo cheio destas pérolas naturais).
1 108 764 portugueses que querem deixar morrer o combate ao analfabetismo, desigualdades e exclusão social, que com todas as limitações vai fazendo o seu caminho (a sopa dos pobres em Lisboa fica nos Anjos, para quando perderem o emprego).
1 108 764 portugueses que querem deixar os "velhos patrões" tão bonzinhos e tão simpáticos com os seus trabalhadores, tomar o poder e cilindrar os seus direitos, conquistados a pulso nos últimos 50 anos, que se seguiram à revolução pacífica do 25 de abril (esta data, a propósito, deixará de ser um marco no nosso país).
1 108 764 portugueses que querem Fátima, Fado e Futebol de novo, só para entreter (boa sorte a tentar atirar para baixo do tapete as alarvidades dos amigalhaços do vosso supremo líder).
1 108 764 portugueses que acreditam na ideia de um país inseguro, para depois nos venderem a ideia de um estado de sítio que precisa de força bruta (boa sorte com o que se segue).
1 108 764 portugueses que acham que os pedófilos têm que ser castrados quimicamente e que a pena de morte é indispensável para a justiça do país (boa sorte quando chegarmos ao modelo árabe de cortar a mão aos ladrões de fruta).
1 108 764 portugueses que querem deixar morrer a cultura portuguesa (boa sorte...).
1 108 764 portugueses analfabetos da democracia, que não perceberam que em 50 anos passámos da pobreza franciscana (para usar termos que vos são próximos), para a eficácia jesuíta.
Um abraço felino (não para estes 1 108 764 portugueses, que me dão náuseas).
Zorbas,
O Gato grande, preto e gordo.
O dr coisinho Vem coisificar o medo Ai ó mulher é branco Ai ó mulher é preto O dr coisinho Vem quantificar o erro Ai ó qu ́ele é cigano Ai ó qu ́ele é o demo O dr coisinho Sai de baixo do penedo O dr coisinho Vem atiçar o mostrengo Encarna o maluquinho Saudosista, lazarento Ó dr coisinho Coisifique aqui o dedo! O dr coisinho Vem clarificar coisinhas Ai ó qu’ele é drogado Ai ó qu’ ele é maricas O dr coisinho Vem vociferar o espanto Ai ó mulher é preto Aí ó mulher é branco O dr coisinho Quer reabrir o degredo O dr coisinho Só atrai pra si mosquedo É um le penesinho Pequenino, de brinquedo Ó dr coisinho Coisifique aqui dedo! O dr coisinho Sai debaixo de um penedo O dr coisinho Vem coisificar o medo O dr coisinho Saudosista, lazarento CARA DE ESPELHO Carlos Guerreiro Luis J Martins Pedro da Silva Martins Maria Antónia Mendes Nuno Prata Sérgio Nascimento FICHA TÉCNICA Letra e música - Pedro da Silva Martins Arranjos - Cara de Espelho Produzido por Nelson Carvalho e Cara de Espelho
Não deixa de ser cómico que depois de uma debandada venha um remake.
Era isto.
Obrigada.
Haja paciência...
Saudações felinas,
Zorbas,
O gato grande, preto e gordo
Este país sofre do síndroma "já conheço os cantos à casa, vou pregar para outra freguesia", ao nível da ocupação do cargo lá para os lados de São Bento.
Ainda não era o país republicano que hoje conhecemos e já a corte ia fazer "cenas" para o Brasil, fartinhos até ao tutano desta chafarica.
Assim, cedo na história coletiva, os portugueses aprenderam que para se governar em Portugal, teria que se reconhecer o demérito do titular do cargo anterior, que invariavelmente se espalhava fortemente e deixava um lastro de "JÁ NÃO SE AGUENTA", sendo o seu sucessor, vezes sem conta, o salvador disto tudo. Só que não.
Portanto, aguardamos as cenas dos próximos capítulos, com apostas para o destino final do titular do cargo presente (eu aposto a titularidade da diplomacia europeia...), e com a certeza que o próximo titular vem salvar o país (que em tempos idos um dos fugitivos designou de tanga, mas que entretanto ocupou as altas instâncias de uma das entidades que mais dinheiro fresco nos exigiu, obrigando-nos a vendar a alma aos chineses e angolanos ricos, que, pasme-se, afinal não eram assim tão endinheirados como pareciam)!
Por estas e por outras é que a história política do país devia ser obrigatória, não só nos bancos de escola, em todas as áreas de ensino, mas principalmente nos cursos de onde se formam estas mentes políticas que depois acham que vão salvar o país, assaltam-nos os bolsos e distraem o comum dos mortais com assuntos de diz que disse, para escolherem bem o local da fuga...
Num dia qualquer de 2023, ah, espera, é que não é um dia qualquer!
É um dia 11 de janeiro, passam não sei quantos dias de promessas eleitorais sobre os apoios às artes, e também é o dia em que o ministro vai responder a um grupo de gente no Parlamento, que de arte percebe pevas, mas que vai usar argumentos oportunos contra um inexperiente ministro.
Posto isto, sobre o apoio às artes, não interessa grande coisa ao comum dos portugueses, seja qual for o tipo de governo que tem este país.
A massa crítica fundamental para avaliar um setor importantíssimo para o país, ainda mais importante para o turismo do país, e que só não exporta alguns Cristianos de várias áreas, porque não se sabe vender, é inexistente.
As boleias que o turismo (que parece ter um orçamento sem fim, ao ponto de financiar quem sobre ele decide) apanha do património edificado (que tem falta de gente crónica desde que o Durão Barroso anunciou a tanga financeira e fugiu do país) é indiscutível, de tal forma que nos tempos covid, pós confinamentos, foi possível ver a fachada dos Jerónimos sem filas de guarda chuvas (não interessa se é verão ou inverno, os japoneses é que dominam o manuseio do guarda chuva), foi possível entrar no Museu de Arte Antiga e até ouvir mentalmente alguns personagens do Bosh, foi possível visitar o Palácio da Pena comprando bilhete e entrando, em vez de ficar 2h30 numa fila de espera para ter que olhar para salas entre cotoveladas de transeuntes, isto só em Lisboa. O que é que o património edificado ganha com o volume de turistas que invadem o país? Pouco o nada, agravando ainda mais a necessidade de manutenção, e exercendo uma pressão imensa sobre as estruturas, com recursos humanos e meios que nem para o funcionamento dos anos 90 do século passado chegavam.
E sobre as artes performativas, o que dizer? Temos salas com público, notável e crescente, mas as estruturas não recebem um apoio real e efetivo para a manutenção das salas. O que faremos quando as estruturas existentes desistirem das salas que ocupam e passarem a nómadas (coisa que já acontece com os coletivos do novo milénio), como se manterá a possibilidade de terem um espaço físico para se apresentarem. Se mantivermos a coisa como domínio das autarquias, o que acontece desde sempre, o ciclo não se quebra, os amigalhaços do costume manterão a sua atividade artística, os críticos do costume terão que se encolher até que o poder político dê a volta. E a liberdade criativa, onde anda? E o poder dizer que se fez um grande espetáculo de teatro (e temos visto muitos!) que batia em tudo e em todos, mas que pôde existir porque não houve interferências indevidas.
Queremos falar de música? Os promotores de festivais tomaram o país de assalto, vendem eventos para turistas (para quem os bilhetes até são muito baratos), mas o grosso das infraestruturas que montam depende de financiamento autárquico, da boa vontade dos habitantes locais e de uma enorme máquina de marketing. Onde estão os músicos portugueses de jazz, de clássica, de eletrónica, de propostas alternativas, na programação das mesmas autarquias que apostam em grandes festivais? Onde está o espaço para os artistas se apresentarem, sem que isso tome de assalto o bolso do público? Onde estão os bilhetes a preços aceitáveis para os contribuintes portugueses, que indiretamente apoiam com o financiamento das autarquias onde residem, a realização destes mega eventos? Acham que é pouco? Quem paga a limpeza urbana? Quem paga a disponibilização de água potável e energia elétrica dentro dos recintos? Muitas vezes, quem fornece infraestruturas para as diferentes ofertas (da comida às bugigangas) que cada evento destes oferece? And so on...
E sobre a arte urbana, de rua, que entretanto ocupou boa parte das nossas cidades? Temos vários e muito bons artistas que, ao contrário dos restantes, têm o controlo da apresentação ao público, porque não há como esconder os objetos que produzem. Mas e a valorização deste trabalho? Quem é que valoriza, quem é que explica ao poder político deste país (cheio de velhos, com ideias velhas e sem visão para o futuro) que este tipo de arte traz consigo um entendimento explícito e um sentimento de pertença, muito difícil de explicar a quem não sai de gabinetes de engravatados e quando se desloca na cidade vai de motorista a 200/Km hora para chegar ao assunto seguinte.
Podíamos continuar a falar sobre cada uma das áreas e cada uma áreas e das suas dificuldades. Podíamos dizer que a iliteracia é um fenómeno que alimenta a falta de exigência para com os sucessivos "ocupantes" do Palácio da Ajuda e tomadores da pasta da cultura, desde que ela existe.
Mas, os políticos, em geral, olham para as manifestações culturais como oportunidades para melhorarem a imagem da chafarica que dirigem (seja o Estado central, seja o poder local), os artistas olham para os políticos como oportunistas que usam e abusam do poder, e enquanto andamos nisto, um sem número de gente continua a remar contra a maré, a não baixar os braços e acreditar que a arte pode e deve mudar o mundo.
Aguardemos pelas cenas dos próximos capítulos.
Um abraço felino,
Zorbas
O gato grande, preto e gordo.
365 dias disto (este ano não há bónus em fevereiro)! Ha Ha! 2023 é que vai ser!
Venham de lá os sábios da astrologia, expliquem os mercúrios retrógrados (como se a culpa fosse do mercúrio e não dos milhões de seres humanos que por aqui habitam!), traduzam o que de bom e mau se vai passar com os nomes das constelações e o posicionamento do planeta Terra e de todos os outros. Venham daí as alegrias dos novos amores, das mudanças no trabalho e da saúde de ferro para alguns, venham daí as decisões difíceis no amor, as precauções com o dinheiro e a vigilância de alguns órgãos internos.
Para os desacreditados das previsões astrológicas, o substancial para 2023 não deixa grande margem para dúvida:
A crispação humana tende a aumentar, a concentração de riqueza do top 3 dos energúmenos (que não nos servem para nada) também, a extrema direita está ao virar da esquina (com a solução milagrosa da banha da cobra para nos curar de todos os males) e os políticos em geral, cada vez mais cínicos, querem lá saber do legado que deixam para as novas gerações, basta que se safem agora e o futuro logo se vê.
Assim se percebe que para muitas pessoas, em boa parte do mundo, ler o horóscopo é a melhor parte do dia...
Um abraço felino!
Zorbas, o gato grande, preto e gordo.
Aproveita o dia, não deixes que termine sem teres crescido um pouco, sem teres sido feliz, sem teres alimentado os teus sonhos.
Não te deixes vencer pelo desalento.
Não permitas que alguém te negue o direito de te expressares, que é quase um dever.
Não abandones a tua ânsia de fazer da tua vida algo extraordinário.
Não deixes de crer que as palavras e as poesias podem mudar o mundo.
Porque passe o que passar, nossa essência continuará intacta.
Somos seres humanos cheios de paixão.
A vida é deserto e oásis. Atira-nos ao chão, lastima-nos, ensina-nos, converte-nos em protagonistas da nossa própria história.
Ainda que o vento sopre contra, a poderosa obra continua, tu podes mudar uma estrofe.
Não deixes nunca de sonhar, porque só nos sonhos pode ser livre o homem.
Não caias no pior dos erros: o silêncio.
A maioria vive num silêncio espantoso. Não te resignes, e nem fujas.
Valorize a beleza das coisas simples, pode-se fazer poesia bela, sobre as pequenas coisas.
Não atraiçoes as tuas crenças.
Todos necessitamos de aceitação, mas não podemos remar contra nós mesmos. Isso transformaria a vida num inferno.
Desfruta o pânico que provoca ter a vida toda a diante.
Procura vivê-la intensamente sem mediocridades.
Pensa que em ti está o futuro, e encara a tarefa com orgulho e sem medo.
Aprende com quem pode ensinar-te as experiências daqueles que nos precederam.
Não permitas que a vida passe sem teres vivido…
Walter Whitman (1819 – 1892)
Quando a vida te dá limões... faz limonada, faz caipirinhas, faz lemond curd, faz tarte de limão merengada, faz bolo de limão para o chá das 5, faz tinta invisível para brincares como se tivesses 11 anos outra vez, faz um detox às olheiras de trabalho, faz amaciador para o cabelo, vai, sem medo, mas faz o que te der na gana.
Pela tua força interior, nunca vires as costas ou baixes os braços, age graciosamente, mas sempre com rebeldia, mangas arregaçadas, para jamais te renderes à estupidificação humana, à falta de honestidade de toda esta gentinha medíocre que se acha a dona do mundo.
Vive a vida segundo a tua moral, os teus princípios, os teus valores humanos, que valerão muito mais do que o ordenado que te pagam todos os meses, a desonestidade dos teus patrões, a competição desenfreada onde te querem encaixar e o subtexto de que a tua vida não vale grande coisa. Vale tudo para ti e para os outros é extraordinariamente valiosa também, assim essa gentinha soubesse disso mais cedo.
No fim, guarda os caroços e cultiva-os para um futuro próximo e decide que destino queres dar às cascas que os limões te deixam...
Então os merdosos que andaram a receber guito do atrasado mental do novo czar russo agora resolveram vir dizer mal do czar? E explicar às pessoas como é que financiaram campanhas, como é que os amigos russos invadiram campanhas eleitorais de partidos democráticos, para nos tentarem convencer que precisamos mesmo de gente como vós para arregaçar as mangas e andar ao soco e ao pontapé aos supostos invasores.
Vão bardamerda todos mais o vosso fascismo.
Ah e a Comissão Europeia, tão importada agora com o guito dos russos, esqueceram-se do dinheiro fresco que obrigaram os países da Europa do Sul a aceitar em compras das joias da coroa da economia destes países, para salvar a moeda única.
Hoje os russos, amanhã os chineses, por isso, temos todos telhados de vidro.
Estamos com a Ukrania, estamos com os povos livres e democráticos, agora e sempre.
Zorbas,
O gato grande, preto e gordo,
O gato democrático.
Luto por 385 543 portugueses.
385 543 que gostam de ser enganados por um bode que urra, agora com mais 11 capangas para urrar com ele (como o gajo se evidenciou no meio desportivo, precisa de uma claque para repetir os urros).
385 543 que se afastarão das decisões públicas e que não terão legitimidade para as debater, porque querem fundar uma nova república (sabe-se lá o que pensam que significa a palavra República, e ainda mais o que pensam da palavra Democracia).
385 543 que não concordam com a promíscua subsídiodependência (também querem devolver o dinheiro europeu? O princípio é o mesmo).
385 543 que se afastarão do centro de emprego, porque não precisarão de subsídio quando a hecatombe da crise económica e social desabar em cima das nossas cabeças (sendo que alguns já vão com uns valentes meses de avanço nesta hecatombe).
385 543 que se afastarão das creches (as que resistem), das escolas e das universidades públicas, em particular das faculdades de medicina do país (que custam muito dinheiro ao erário público, e ainda bem!), porque acreditam no ensino privado e nos privilégios do ensino privado.
385 543 que se afastarão dos tribunais, porque a nova república que querem fundar terá um supremo líder que decidirá sobre todos os aspectos da vida deste país, e porque o Estado não pode, nem deve subsidiar a defesa de gente que não é de bem (mesmo que seja num litígio matrimonial).
385 543 que prescindirão de receber as vacinas que constam do plano nacional de vacinação, porque o Estado não tem que suportar essas despesas (boa sorte com o sarampo, tosse convulsa e tuberculose).
385 543 que deixarão morrer a ciência em Portugal, porque esta é uma das áreas onde o privado não vê vantagens em investir (boa sorte com a próxima pandemia).
385 543 que querem deixar morrer o combate ao analfabetismo, desigualdades e exclusão social, que com todas as limitações vai fazendo o seu caminho (a sopa dos pobres em Lisboa fica nos Anjos, para quando perderem o emprego).
385 543 que querem deixar os "velhos patrões" tão bonzinhos e tão simpáticos com os seus trabalhadores, tomar o poder e cilindrar os seus direitos, conquistados a pulso nos anos que se seguiram ao 25 de abril (esta data, a propósito, deixará de ser um marco no nosso país).
385 543 que querem Fátima, Fado e Futebol de novo, só para entreter (boa sorte a tentar atirar para baixo do tapete as alarvidades dos amigalhaços do vosso supremo líder).
385 543 que acreditam na ideia de um país inseguro, para depois nos venderem a ideia de um estado de sítio que precisa de força bruta (boa sorte com o que se segue).
385 543 que acham que os pedófilos têm que ser castrados quimicamente e que a pena de morte é indispensável para a justiça do país (boa sorte quando chegarmos ao modelo árabe de cortar a mão aos ladrões de fruta).
385 543 que querem deixar morrer a cultura portuguesa (boa sorte...).
385 543 analfabetos da democracia, que não perceberam que em 40 anos passámos da pobreza franciscana (para usar termos que vos são próximos), para a eficácia jesuíta.
Um abraço felino (não para estes 385 543 mil, que me dão náuseas).
Zorbas,
O Gato grande, preto e gordo.
Resumo da matéria:
1. O PS esticou a corda toda e o Medina perdeu a Câmara de Lisboa (parece que não, mas assim fica muito mais difícil ser presidente daqui a uns anitos);
2. O Bloco roeu até onde foi possível e para além do possível, mas queria ter parado antes;
3. O PCP manteve-se com a corda nos dentes durante os últimos sete anos (mas a ranger), só que agora partiu os dentes da frente e já não segura mais;
4. O PAN está a decidir para que lado cai, mas sempre com as leis de proteção aos animais e à natureza em vista;
5. O PSD continua a florear o indiscutível, os tios e primos não se entendem e nós é que pagamos porque queríamos que a oposição cumprisse a sua função;
6. O CDS andava a ver para que lado caia, mas veio de lá um velho do Restelo, que quando podia ter feito diferença se afastou, mas agora cheira-lhes a poder e afinal já quer participar na festa;
7. O Iniciativa Liberal está a acumular pontos (como aqueles dos combustíveis que só vão até aos 5€ por mês), para ver se consegue sentar-se na Tribuna de Honra;
8. O #ComoÉQueSeChamaMesmoOGajoQueUrraMuitoENormalmenteAcabaDiscursosLevantandoOBraçoComToqueHitlerianoEAGritarMuito e os seus capangas estão no mercado europeu dos partidos de extrema direita, a negociar mais capangas para convencer o país que vivemos num clima de grande insegurança, e ainda a lançar a campanha "precisamos de um salvador da pátria nacional", só que o que têm para oferecer é o gajo suburbano, chico-esperto, pequenino e tacanho, que cultiva a imagem do outro tacanho e medíocre que limpámos daqui desde que caiu da cadeira e ainda do outro, igualmente tacanho que se varreu em 1974.
Bom, assim sendo:
a) O Sporting vai à Champions;
b) O Porto está em segundo no seu grupo, tem hipótese mas vai ter que se esmifrar;
c) O Benfica está no limbo, mas é o seu estado natural;
d) O Braga na Liga pobrezita parece que se vai safando também.
Em resumo:
I. Parece que os gajos do PS estão lixados com o Vieira;
II. Os gajos do PSD mandaram o ex-presidente do Sporting para o galheiro e ele limpou a Figueira;
III. Os gajos do PS e do PSD gostam tanto do Porto, que o independente com um processo a decorrer na justiça limpou a Autarquia e continua de braços abertos para o dono e senhor Pinto da Costa;
IV. O CDS estava com o Estoril, só que parece que a zona é mal frequentada e precisam de um plano nacional, por isso também está com o Sporting (porque é um clube "chiquérrimo"), agora que tem um beto na cadeira e expulsaram de lá o arruaceiro cocaínado;
V. O PAN não vai em cantigas, porque os animais que representam os clubes não pediram para estar na bandeira;
VI. Os restantes ainda podem escolher clubites, mas como isto anda tudo ligado, o melhor é olhar para a terceira liga, já que daí para cima, de um lado e do outro, cairá tudo de podre brevemente.
VII. O #ComoÉQueSeChamaMesmoOGajoQueUrraMuitoENormalmenteAcabaDiscursosLevantandoOBraçoComToqueHitlerianoEAGritarMuito, começou por tentar no Benfica e agora está a tentar no Parlamento, mas deste lado queremos acreditar que o efeito é o mesmo, depois de grunhir no sítio errado, arrumam com ele por má conduta.
Façam as vossas apostas...