quarta-feira, 17 de março de 2021

Se se sentir mal, vá ao médico...

Esta cegada das vacinas, com cheiro a competição feroz entre consórcios (para ver quem ganha mais, quem manipula mais, quem consegue mais tempo de antena), já cheira a esturro e ainda só vamos com 4% da população vacinada.

O limbo, a incerteza e a indecisão dos governos europeus (uns porque não têm vacinas produzidas no seu país, outros porque têm um plano colado a cuspo, outros ainda porque querem que o dinheirito gasto em vacinas renda mais em royalties), só vai servir para dar voz aos doidivanas anti-vacinas pelo mundo fora. Não tardará muito para voltar a nova vaga dos não vacinados contra o sarampo, porque, pelo sim pelo não, pensam as alminhas, não vacinar contra o sarampo é inócuo (uma vez que não vivem em partes do mundo onde o Ébola é uma realidade, onde a malária mata mais que o cancro, and so on, porque se vivessem, talvez desejassem vacinas para se protegerem de uma natureza feroz).

A opinião sobre as vacinas do COVID pouco importa para o caso, porque muita gente, por opção pessoal, resolverá não aderir a uma qualquer das vacinas disponíveis, e é tão legítimo como a vontade dos governos em vacinar toda a população. Estamos a viver num mundo novo, e qualquer uma das visões é demasiado tenra e inexperiente, portanto, em teoria, válida.

Mas, para o caso, a questão de fundo é outra, o que importa, sempre que estas incertezas acontecem,  é a forma como se comunica aos cidadãos o plano que se vai seguir.

Falhar é humano e expectável, principalmente neste caso, com vacinas feitas num décimo do tempo comum para uma vacina ser fiável e publicamente aceite, a juntar às partes do mundo que aplicam vacinas cujos efeitos secundários ninguém sabe quais são, e ainda à comum decisão da indústria farmacêutica que, enquanto poder na sombra, vai reinando e cobrando o dinheiro público de forma descontrolada, quase tão descontrolada como o evoluir desta pandemia, enfim, o caldeirão está quente que chegue. 

Comunicar com o célebre comentário médico: "Se se sentir mal vá ao médico", francamente não ajuda.

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