Quarentenas e liberdades

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Quarentena - dia 6

Eu prezo a liberdade individual.
Eu prezo o direito ao livre arbítrio.
Eu prezo o poder de cada pessoa na sociedade, mesmo entendendo que a vida é um evento familiar e social.
Assim, perante este cenário de Guerra Mundial que obriga o Mundo Inteiro a ficar em casa, a primeira granada foi lançada às actividades humanas que implicam liberdade de escolha, arrastando para uma valeta gigante todos os que a elas se associam.
Os agentes deste tipo de actividades, são (sabe-se bem porquê), precários de carreira.
A precariedade é uma condição humana desfavorável, mas, simultaneamente, uma permanente chama para a criatividade e para a adaptação constante a novas realidades.
Por isso, não surpreendentemente, a generosidade de todos os que partilham o seu génio criativo, na sua condição de prisão domiciliária forçada, é uma réstia de esperança no futuro que está por vir.
Acreditemos então que isto vai durar apenas o tempo necessário para não adormecermos e para continuarmos a valorizar a arte, os artistas e todos os que tornam o seu trabalho possível.
Se noutras alturas considerei a arte uma necessidade primária, esta espera só reforça esse pensamento.

Zorbas,
O Gato grande preto e gordo, que anseia por dias melhores do seu criador...