quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A minha amiga mais íntima rendeu-se ao Facebook!

E eu vim a aqui reflectir sobre estas coisas. Cedo à pressão, crio a minha conta do Facebook ou mantenho o meu low profile e continuo a escrever no blog... Eu gosto mesmo é de escrever, ter amigos no Facebook pode ser um extra de actividade cibernética que já não consigo controlar. É bom vir aqui despejar "paparates" - na mais recente inovação linguística lá de casa (que é uma coisa que a minha filha classifica como estando entre o engraçadinho e o coisas que se fazem para chatear a mamã) - e bom, não chateio ninguém, é democrático porque, pelos vistos, lêem este estaminé a partir do Brasil, da Espanha e da Suécia (deve ter sido pelo comentário que fiz uma vez sobre o IKEA) e não preciso de fazer "campanha" em meu favor em mais um suporte da internet...
Mas há sempre aquela coisa interessante de descobrir os colegas de escola (no meu caso não é particularmente atractivo porque retenho poucas amizades de escola, sou mais fiel aos amigos de outras aventuras), do infantário ou de eventuais encontros imediatos de outros graus, "achamos" pessoas de uma forma rápida e eficaz, porque quem tem conta no Facebook dá mesmo importância a isso, e podemos sempre ter amigos artistas de alto gabarito (se eles aceitarem) que de outra forma não teriamos como amigos (este argumento não é válido para os artistas de alto gabarito, mas podem sempre dizer que é bom poderem contactar com uma imensa massa humana).
Vou pensar no assunto, ainda não decidi.
Um abraço felino,
Zorbas o gato

6 comentários:

André disse...

eu resisto :)

Rita Miguel disse...

Eu consegui resistir ao hi5, mas o facebook até me pareceu interessante no início. Até reencontrei um australiano que conheci em Barcelona em 1999 e com quem não falava desde essa altura. Imagina!!..
Porém, não tenho muita paciência para a cusquice, e acho que, a maior parte das vezes, o facebook não vai muito para além disso. E também não compreendo aqueles convites todos para « join esta e aquela cause», que a gente aceita e depois não percebe como é que está a ajudar. Será que me podem explicar?

Rita Miguel disse...

Já agora.. porque é que não respondes a um daqueles interessantíssimos testes/inquéritos do facebook: «Que tipo de rede social és tu?». talvez te ajude a decidir... E depois, podes sempre aproveitar para descobrir «Qual o teu nome de personagem de Shakespeare» ou «Se fosses uma canção do marco paulo, qual serias?, etc, etc..

beijocas, amiga, e vai escrevendo, que a gente aqui gosta

TEATCHA disse...

Bom, a julgar pela critica que fazes ao Livro da cara é melhor não fazeres o "paparate" de criares uma conta. Deixa lá isso... Cada um faz aquilo que pensa que é melhor.

Rita Miguel disse...

Já tenho conta, mas quase não uso, porque não vejo muitas vantagens. Mas não critico quem use.
Aliás, eu e a Teacha até já somos amigas!...
Beijocas

Gonçalo Morais disse...

Uma ocasião estive sem falar com uma amiga minha uns quantos anos. Um dia, já tarde, ela telefonou-me para casa. Fazia anos e gostava de se reencontrar comigo e por isso estava a convidar-mte para jantar. Iriam também umas quantas amigas dela pelo que a coisa parecia agradável. Esta era a mulher que me fez passar do estado de rapazinho imberbe para o de homem perturbado. Devia-lhe isso.

Não sabia bem porque nos tínhamos afastado. nada aconteceu para que isso se desse. Da mesma maneira não sabia muito bem porque razão me apetecia ir agora ter com ela. Mas ia. Pelo vistos era dono do meu tempo naquela altura.

Obviamente que o jantar foi uma chatice. Tinha passado demasiado tempo. Saí sem pagar. era a maneira de criar uma oportunidade para nos voltarmos a encontrar, pensei. A coisa nunca se deu.

Hoje dou por mim a pensar nas palavras de céline, que ao ornamentar a montra de uma boutique, enquanto via os olhares passarem pelo frame da sua janela, pensou em todas as pessoas que um dia foram insubstituíveis na sua vida e que, de um momento para o outro, desapareceram para sempre e na sua dificuldade de suster o seu impulso de saltar para a rua e dizer a quem passava:

--Parem todos, parem já. Fiquem onde estão. Assim mesmo. Não aguento mais isto.

Talvez o facebook seja uma tentativa tecnológica de fazer as pessoas pararem mesmo, evocando o equilíbrio ténue de uma ligação digital.

Um dia, se voltar a reencontrar a minha amiga vou-lhe pagar um almoço. E sobretudo vou-lhe dizer que apesar de ela já não corresponder à representação que ainda faço dela, gostaria de saber onde ela anda, o que pensa e quais são os seus amigos. Se a coisa me aborrecer muito, posso sempre desligar a ficha e voltar a ligar quando precise. Mas às vezes preciso mesmo disso.