quarta-feira, 1 de julho de 2009

E foi há tanto tempo...

Hoje vieram-me as lágrimas aos olhos...
A Mafalda no terreiro da sede a fazer o jogo de acender o fósforo, os foguetes e as palmas e aaahh...
Esta imagem levou-me ao tempo em que o relógio de sábado começava (mais tardar) às três da tarde, corríamos como loucos lá para fora, ao som de um apito e depois saíamos por uma tarde. Este era, seguramente para muitos dos que me lêem aqui, o melhor momento da semana. Ao fim de três ou quatro horas voltavamos e o dia parecia pequeno e o sábado seguinte estava sempre demasiado longe. E o gozo de caminhar, muitas vezes em silêncio, ao lado de pessoas que estão para lá da descrição de amigos de longa data, é demasiado grande para tantas outras pessoas que nunca viveram isto entenderem. Não se repete, porque só somos crianças crentes e jovens adolescentes uma vez na vida, por isso é que ao ver a Mafalda com um fósforo imaginário na mão pensei na sorte que tive em viver tudo isto.
O compromisso de cada um, a cada dia 24 de Junho renovava-se, ouvir outros a fazer votos significava comprometermo-nos a sermos melhores também, e isso eu trarei comigo pela vida fora. Agora poucas vezes ouço os outros a fazerem votos e portanto poucas vezes posso pensar em renovar os meus, mas a cada dia 24 de Junho dá-me uma nostalgia do raío e apetece-me ir a correr para a sede dos bombeiros cantar os parabéns, apetece-me agarrar no saco cama e deitar-me ao relento a guardar uma fogueira, apetece-me pegar na mochila e caminhar até ao cabo da roca e depois, quem sabe, dormir algures...

A cada dia 24 de Junho acordo a pensar que "somos rapazes que não fazemos barulho AAHHH".

Boa caça,
L.

1 comentário:

Anónimo disse...

Belos tempos, de facto...
Bjs Isa (koala Risonha)