A esquerda e a direita têm que se renovar, é verdade, precisamos de caras novas, gente honesta e com ideias (coisa que vai escasseando na política europeia).
Isto não me pareceria problemático se, e este é de facto um momento económico delicado, não estivessemos a viver um preâmbulo de algo que não se sabe bem o que é.
A chegada ao parlamento europeu de partidos de extrema direita, xenófobos e anti projecto Europa, é reveladora da falta de credibilidade que têm tido os partidos democráticos em quase todos os países. Pode não querer dizer grande coisa, se nos safarmos destes tipos todos no próximo mandato e continuarmos a acreditar que é possível vivermos no mesmo espaço europeu comum. Mas as propostas de gente de extrema direita ultra-conservadora e nacionalista, têm que ser contra a convivência de 27 países de forma legislada e organizada e, obviamente, contra um projecto comum, o que raio estão então a fazer no parlamento europeu?
É engraçado observar que do outro lado do atlântico irradia o sentimento de esperança no crescimento e na vontade de mudar, liderado por alguém que a extrema direita condenaria...
Um abraço felino,
L.
1 comentário:
Pois minha amiga, o que tens feito tu para mudares o panorama? Estou de acordo contigo que o panorama não é muito animador, mas sinceramente, achas que as pessoas estariam preparadas para receber alguém que lhes falasse, não de trivialidades, mas que elas teriam de mudar as suas vidas de uma forma radical, que teriam de pensar que o seus sucessos individuais não podem ser dissociados do sucesso da comunidade?
O nosso papel é resistir e não nos deixarmos ser levados pela vida fácil. Um dia as pessoas vão perceber que só participando é que podem mudar as coisas. Nesse momento deixará de haver revolucionários de pacotilha e burocratas da revolução.
Com amizade,
Gonçalo
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