- Desculpem mas acho que passámos das marcas... Não devíamos ter passado das marcas...
Prosseguindo, e que tal clarificar, porque nem todo o comum cidadão europeu percebe esta linguagem subliminar:
- O risco de implosão é grande e se a Grécia de repente abandonar o barco este afunda-se e ficamos (cá no Norte cinzento e frio) sem a possibilidade de reaver o investimento que fizemos a curto prazo...
Já agora, para tratar de corresponder às expectativas da "nata da nata" financeira, que parece que está a começar a ficar em pânico, preferencialmente dito nas entrelinhas miudinhas:
- Temos que rever esta coisa dos países do sul crescerem, porque parece que com o petróleo tão baixo durante tanto tempo a trela apertada não funciona tão bem...
Estamos então esclarecidos sobre o que queria dizer o senhor do Luxemburgo!
Finalmente, não estamos ainda totalmente esclarecidos sobre as reais intenções do resto da Europa, nem sobre quem se segue e onde, porque parece que nos faltam Estadistas em todo o lado, convictos, coerentes e concentrados no farol europeu, e não preocupados com os milhões ganhos por uma pequenina percentagem de europeus que, contra a vontade da maioria, teima em enriquecer... Exacto, ESTADISTAS, daqueles que assumem que o Estado precisa de um mínimo para funcionar e para servir os cidadãos de forma socialmente responsável (razão última da sua existência), mas isso parece que agora é tabu para os lados de Bruxelas.
Qualquer semelhança entre a União Europeia e um qualquer país ainda mais a Sul, onde uma elite endinheirada teima em não redistribuir a riqueza de forma justa e ainda em continuar a enriquecer à custa do trabalho quase escravo da maioria da população é pura coincidência, ou não...
Bom, bom, vivemos tempos extraordinários, não há dúvida.