sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A irracionalidade pública...

A irracionalidade reina por aí... Pergunto-me se escasseia o dinheiro para as coisas mais elementares em todos os serviços públicos com que tenho contactado, PARA ONDE VAI O DINHEIRO DE FACTO? Os funcionários públicos, em quem os restantes portugueses tanto gostam de malhar, levam canetas de casa se querem escrever, levam candeeiros de casa se querem ter luz, levam pastas para arquivar se precisam de o fazer, levam lápis e borrachas, clips, post it, cola e elásticos (que são um flagelo, nunca há e os que há são sempre maus), levam máquinas de café e o café de casa para poderem ter esse conforto, levam papel, extensões electricas, alguns levam computadores para não comprometerem a qualidade do serviço, levam papel higiénico de casa quando chegam ao momento crítico do ano em que nem para isso os serviços têm verba, compram microondas em colectivo para poderem poupar nas refeições, levam ferramentas se precisam de fazer alguma coisa elementar como apertar o parafuso da cadeira, usam o carro privado para os serviços que o estado deve garantir e não disponibiliza transporte para os funcionários o fazerem, carregam cadeiras, mesas, computadores e afins porque não há verba para mudanças, alguns casos críticos até têm que limpar os espaços onde trabalham porque a limpeza para as finanças soa a luxo, colectam-se para os serviços mínimos funcionarem, dão o litro em serviços que nunca têm disponibilidade para horas extraordinárias, trabalham em sítios que caem de podre porque as obras (excepção feita às empresas dos amigos dos ministros ou cargos próximos) são inseridas nas rúbricas dos serviços que são cortadas antes do orçamento de estado ser aprovado... CONTINUO? Há gente a mais no estado? Haverá? Bem, enfim, o ministro tem garantido para si que os serviços funcionam, mas a rede em que esse funcionamento está baseado vai muito além da contabilidade pública, e isso nunca é tido em conta nas muitas contas de somar que o Orçamento comporta. O copo parece sempre meio-cheio para o lado das finanças e tão vazio para o lado dos funcionários. Talvez fosse bom um dia perceber o que é a verdadeira despesa pública. AJUDAVA A SUPORTAR a injustiça a que nos submetem TODOS OS DIAS.