quinta-feira, 10 de setembro de 2015

The Refugee...

Com isto é preciso repetir, até à exaustão, já que a ignorância é amiga do medo e este é causador de tanta crueldade: Os milhares de REFUGIADOS que chegam à Europa do Sul e do Leste todos os dias NÃO SÃO EMIGRANTES (e que fossem, o nosso "velho continente" bem precisará deles num futuro próximo, mas isso é outro assunto)! 
O que os move não é a procura de uma vida melhor, é principalmente a fuga de uma GUERRA gigantesca. 
O Paquistão, a Turquia, o Líbano, a Jordânia e o Egipto têm recebido a maioria dos refugiados da Síria. Na Europa só a Itália e a Grécia receberam milhares de pessoas durante este ano, que além da Síria chegam também do Iraque e da Líbia, e até agora a (des)União Europeia assobiou para o lado.
Antes de se concentrarem nos baldios do Comboio que atravessa o canal da Mancha, as pessoas atravessaram um continente para chegarem à Normandia, ironicamente o sítio onde ingleses e americanos decidiram salvar a Europa. 
Antes de se concentrarem numa qualquer estação de comboios da Hungria, as pessoas deixaram para trás uma vida, uma casa e uma comunidade destruída, onde os seus antepassados guardaram aquele que foi o berço de uma civilização e que nos deu origem, apesar dos esforços em curso para a fazer desaparecer. 
Antes de embarcarem numa "canoa" rumo ao sul de Espanha, as pessoas deixaram para trás países africanos onde a riqueza natural chegaria e sobraria para todos os seus habitantes terem vidas dignas, mas infelizmente os senhores de guerra que tomaram conta do "poder" não querem partilhas, nem discordâncias de qualquer espécie a demagogia que promovem (copiada da demagogia e fanatismo de uns "amigos" árabes que querem que um mundo à imagem de si próprios).
Em consequência desta Europa de vistas curtas e do "fanatismo" financeiro que vivemos, a xenofobia a alastrar entre gente sem grandes escrúpulos e muito oportunamente a galgar cargos políticos, gela o sangue. Parece que a memória de todo o século XX foi passada com uma borracha, passaram 100 anos da Primeira Guerra Mundial e a Segunda acabou há 70...
Sabemos como nascem e alastram as guerras, está escrito em todas as línguas, não sítio nenhum no mundo onde não se saiba, ainda por cima é fácil de ler e perceber, a capacidade da Humanidade de perpetuar a História existe desde a Pré-História!
O problema não é no quintal de ninguém, é num mundo onde vivemos todos. 
No "quintal europeu" já não há desculpa para vistas curtas e para varrer o lixo para o quintal do vizinho do atlântico. A II Guerra Mundial ditou a criação de uma entidade chamada Nações Unidas (RING A BELL), onde a maioria dos Estados do Mundo se quer fazer representar. 
Por isso é agora ou nunca a oportunidade de sermos realmente Europeus, Cidadãos do Mundo e de realmente aplicarmos no nosso quintal os Princípios UNIVERSAIS dos Direitos Humanos (por muitos e muitos anos).